segunda-feira, 18 de julho de 2011

Rubem Alves - Parte 1

                  Depois de ter "abandonado" o blog, por falta de inspiração, por estar totalmente focada na minha mudança de vida, vivendo há 8 meses na Itália, concentrada com o blog "Sonhos na Itália", estando algum tempo sem ler livros, apenas escrevendo e esperando a onda "Viciada em Livros" voltar.... enfim, ESTOU DE VOLTA!
                Resolvi retomar as atividades do blog, deixando aqui nestes posts as Frases que (me) Inspiram. 
                Estou lendo "Variações sobre o Prazer" de Rubem Alves (presente dos meus sogros que passaram 1 mês aqui na Itália conosco), e vou falar sobre ele um pouco e sobre as frases que me inspiraram, em uns 2 ou três posts, afinal Rubem Alves merece! :) 

RUBEM ALVES

                   Rubem Alves é um psicanalista, educador, teólogo e escritor brasileiro, é autor de livros e artigos abordando temas religiosos, educacionais e existenciais, além de uma série de livros infantis.
                  Tem desenvolvido sua teoria e prática psicanalítica em torno da ideia de que o inconsciente é a fonte da arte e da beleza, rompendo com a tradição psicanalítica que descreve o inconsciente como um sub-universo, com um repertório de traumas, repressões e negações, juntamente com impulsos animais destrutivos. Alves defende uma atuação focada na visão de beleza da pessoa por ela mesma, a impulsionando a lutar contra o que a oprime e subjuga. Afirma ainda que a psicanálise deve se libertar de dogmatismos cientifizados e que "parte de nossa neurose é o desejo onipotente de ter os nossos bolsos cheios de verdades e certezas".



                  O Livro "Variações sobre o Prazer" trata-se de uma segunda edição – a primeira recebeu o título Livro Sem Fim, pelas edições Loyola, em 2002. Logo no prefácio, Rubem provoca e convida o leitor a considerar uma questão intrigante: e se tivéssemos apenas mais um ano de vida?
                   “Faz alguns anos que um grupo de amigos se reúne comigo para ler poesia”(…) “Pois aconteceu que, numa dessas reuniões, quando líamos trechos da ‘Agenda 2001 – Carpe Diem’, encontramos, no dia 2 de fevereiro, essa afirmação de Gandhi: ‘eu nunca acreditei que a sobrevivência fosse um valor último. A vida, para ser bela, deve estar cercada de vontade, de bondade e de liberdade. Essas são coisas pelas quais vale a pena morrer’. Essas palavras provocaram um silêncio meditativo, até que um dos membros do grupo, que se chama ‘Canoeiros’, sugeriu que fizéssemos um exercício espiritual. Um joguinho de ‘faz de conta’. Vamos fazer de conta que sabemos que temos apenas um ano a mais de vida. Como é que viveremos sabendo que o tempo é curto ‘tempus fugit’?”


                     Rubem propõe, então, o libertar-se de uma infinidade de “coisas tolas e mesquinhas”: uma forma de descobrir o essencial, entregar-se inteiramente ao deleite da vida. Assim, o autor traça olhares sobre a simplicidade, a beleza, o prazer.
                          Curiosos para ler?
                          No próximo post coloco algumas frases que já me inspiraram....